28 de dezembro de 2018

Impacto do Protocolo de Sepse em unidade de terapia intensiva pediátrica oncológica no Norte do Brasil

Patricia Barbosa de Carvalho1, Jose Miguel Alves Junior1, Emmerson Carlos Franco de Farias1, Bruna da Cunha Ghammachi1, Mary Lucy Ferraz Maia1, Alayde Wanderley1, Amanda Jacomo1, Anna Maria Alves1

1Hospital Oncológico Infantil Otavio Lobo - Belém (PA), Brasil

Objetivo: Relatar o impacto do Protocolo gerenciado de Sepse na redução de mortalidade em um hospital oncológico pediátrico no norte do Brasil.

Métodos: Foram coletados dados de prontuário, bem como dados da ficha de triagem para Sepse, no período de setembro de 2016 a maio de 2018. Tais dados foram colocados em planilha word excel 2010, para posterior analise. Todos os óbitos do período foram analisados, para afastar atividade de doença ou outras causas.

Resultados: A taxa de mortalidade por sepse observada em 2016, antes da implantação do protocolo foi de 80%, sendo observado redução da mortalidade para 20% em 2017 e 8% em 2018. A taxa de  adesão ao protocolo foi de 20% em 2016, 59% em 2017 e 100% em 2018. Quanto ao desfecho alta, 0% dos pacientes que apresentaram sepse, tiveram esse desfecho em 2016; 145 dos óbitos, receberam alta em 2017 e 91% dos pacientes em sepse ou choque séptico, receberam alta em 2018. Quanto a coleta de lactato e hemocultura, 20% dos pacientes foram coletados em 2016, 70% em 2017 e 100% em 2018, com tempo médio de coleta de 40 minutos em 2017 e 20 minutos em 2018. O tempo para administração de antibioticoterapia foi de 40 min em 2017 e 28 minutos em 2018.

Conclusão: O presente estudo, revela a importância de protocolo gerenciado, além de educação continuada sobre o assunto, objetivando o reconhecimento precoce, com consequente redução de mortalidade em pacientes oncológicos pediátricos.

E-poster in: XXIII Congresso Brasileiro de Medicina Intensiva. São Paulo. SP. 2018

21 de novembro de 2018

Colutório de Clorexidina, Lidocaína e Nistatina para o Tratamento de Mucosite Oral: Padronização de uma Fórmula para Uso em Pacientes em Cuidados Paliativos Oncológicos

Luiz Filgueira de Melo Neto, Maihara da Silva Borges, Camila Theodoro das Neves, Marcela Miranda Salles, Gilberto Barcelos Souza, Rachel Nunes Ornellas, Fábio Moore Nucci, Nayara Fernandes Paes, Bruna Figueiredo Martins, Rute Barbosa Santos.

Farmacêuticos. Setor de Farmácia Hospitalar. Unidade de Farmácia Clínica. Médico. Clínica de Hematologia. Hospital Universitário Antonio Pedro. Universidade Federal Fluminense. Niterói. Rio de Janeiro. Brasil.  E-mail: farmacia@huap.uff.br

Introdução: Mucosites são inflamações da mucosa da boca, que podem provocar ulcerações, desconforto e dor forte. A maioria dos quimioterápicos pode causar mucosite. O tratamento da mucosite oral é um desafio para todos os profissionais de saúde por poder comprometer a nutrição dos doentes, a higiene oral, a qualidade de vida e ainda aumentar o risco de desenvolvimento de infeções orais. 

Objetivo: Escolha de uma fórmula farmacêutica magistral para o tratamento de mucosite, que seja barata, simples, eficaz e que possa ser reproduzida em hospitais da rede pública. 

Método: Realizou-se a busca ativa no período de agosto de 2018 nos sites especializados: Stabilis.org (France); Serviço de Farmácia do Hospital Universitário de Genebra. Suisse e complementando com fontes terciárias citadas. Stabilis. Disponível em: http://www.stabilis.org. Acesso em 27 de agosto de 2018; Le soins de bouche. Service de Pharmacie. Centre Hospitalier Universitaire Vaudois. Disponível em: http://www.chuv.ch. Acesso em: 13 de junho de 2018; Formulaire Therapeutic Magistral. Disponível em: http://www.fagg-afmps.be. Acesso em 13 de agosto de 2018; Lidocaine 2% Diphenhydramine 0,5% Dexamethasone Sodium Phosphate 0,05% Solution. Disponível em: http://www.compoundingmatters.com. Acesso em 28 de agosto de 2018; Lidocaína 5% Viscosa. Servicio de Farmacia. Institut Catala d’Oncologia-Duran y Reynalds. Barcelona. 2017. 

Resultados: Numa pesquisa anteriormente realizada, localizamos mais de 20 formulações para uso no tratamento da mucosite. A fórmula escolhida para ser padronizada no Hospital Universitário apresenta a seguinte composição: Digluconato de Clorexidina 0,12% (2 mL) + Nistatina Suspensão Oral 100.000 unidades/mL (20 mL), Cloridrato de Lidocaína 2% Sem Vasoconstritor (40 mL) + Essência da Canela ou Hortelã (8 gotas) + Água Para Injeção qs. 100 mL. Estabilidade de 14 dias sob refrigeração. Esta fórmula pode ser reproduzida com as apresentações comerciais existentes normalmente no Serviço de Farmácia. 

Conclusão: A ausência de uma formulação de tratamento para a mucosite reforça a multidisciplinaridade, sendo fundamental a participação do farmacêutico clínico na orientação e no estudo para desenvolver uma formulação adequada para o hospital.

Pôster Eletrônico no VI CONGRESSO INTERNACIONAL ONCOLOGIA D’OR, realizado nos dias 9 e 10 de novembro de 2018, no WINDSOR OCEÂNICO HOTEL.

15 de setembro de 2018

Erros de Medicamentos Identificados por Farmacêuticos em uma Central de Misturas Intravenosas de um Hospital Oncológico

Douglas Abramoski Ribeiro1; Isabelle Watanabe Daniel1; Kelly Karoline dos Santos1; Karina da Silva Aguiar1; Jamile Machado dos Santos1; Monica Cristina Cambrussi1; Solane Picolotto1; Marcela Bechara Carneiro1

1 Hospital Erasto Gaertner. Curitiba (PR), Brasil.
Endereço para correspondência: Douglas Abramoski Ribeiro. Rua Dr. Ovande do Amaral, 201. Curitiba (PR), Brasil. CEP 81520-060. E-mail: douglas_aribeiro@hotmail.com.

Introdução: Os erros de medicamentos acarretam morbi-mortalidade e podem ser evitáveis, tornando-se relevante identificar a natureza dos erros para ações de prevenção, em especial para medicamentos de baixo índice terapêutico como os antineoplásicos.

Objetivo: Identificar os possíveis problemas relacionados a medicamentos (PRM), encontrados durante o processo de análise de prescrição pelos farmacêuticos da Central de Misturas Intravenosas (CMIV).

Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo realizado de julho a agosto de 2016 em um hospital oncológico do Brasil e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local. Todas as prescrições médicas eletrônicas contendo antineoplásicos e fármacos adjuvantes recebidas na Central de Misturas Intravenosas foram avaliadas e validadas pelos farmacêuticos do setor. Os PRMs detectados foram discutidos com o prescritor e posteriormente registrados. As variáveis analisadas foram: tipo de atendimento (ambulatorial ou internamento), medicamento envolvido, problema relacionado ao medicamento, intervenção farmacêutica (IF), aceitabilidade.

Resultados: Foram avaliadas 6104 prescrições, que corresponderam a 12128 medicamentos a serem preparados. Identificaram-se PRM em 274 prescrições (4,5%) envolvendo 324 medicamentos (2,7%), sendo os principais PRM: informação necessária faltando na prescrição (ex. diluente, tempo de infusão) (n=117; 36,1%), subdose (n=35; 10,8%), problema farmacocinético requerendo ajuste de dose (n=34; 10,5%) e sobredose (n=29; 9,0%). No total, 44 medicamentos diferentes apresentaram algum PRM, sendo os principais: ácido zoledrônico (n=47, 14,5%), trastuzumabe (n=43, 13,3%) e carboplatina (n=34, 10,5%). Foram identificados 98 PRMs envolvendo a dose prescrita, representando 32,1% no total. Em 50% dos casos a dose estava acima do recomendado. Em 71 casos (72,4%) a dose prescrita desviou em mais de 10% da dose correta e em 13 casos (13,3%) essa variação foi maior do que 50%. A aceitabilidade da IF pela equipe médica foi de 98%, sendo as mais realizadas: inclusão de informações faltantes (n=117; 36,1%), alteração de dose (n=97; 29,9%) e cancelamento da prescrição (n=43, 13,3%). Conclusão: As IF realizadas a partir da análise de prescrições são capazes de identificar PRM e prevenir eventos adversos, fortalecendo e amplificando o papel do farmacêutico na equipe assistencial e na segurança do paciente.

Palavras-chave: Assistência Farmacêutica; Erros de Medicação; Institutos do Câncer.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

29 de agosto de 2018

Perfil da Reconciliação Medicamentosa na Admissão de Pacientes Oncológicos e Pacientes em Cuidados Paliativos Internados em um Hospital Filantrópico de Grande Porte

Giselle Amorim Lira1; Daniel Porto Barbosa1; Lizete Gomes Carvalho Vitorino Filha1

1 Santa Casa de Misericórdia de Maceió. Maceió (AL), Brasil. Endereço de correspondência: Giselle Amorim Lira. Rua Barão de Maceió, 288, Centro, Maceió (AL), Brasil. CEP 57020-360. E-mail: gamorim017@gmail.com.

Introdução: Cuidados paliativos, segundo a Organização Mundial de Saúde, “é abordagem que promove qualidade de vida de pacientes e familiares diante de doenças que ameaçam a continuidade da vida, através de prevenção e alívio do sofrimento.” Importante aspecto é o uso de medicamentos para tratar os sintomas e medidas de conforto do paciente. A assistência farmacêutica é realizada com a monitorização da terapêutica farmacológica e com a Reconciliação Medicamentosa (RM), processo de obtenção de uma lista precisa e atualizada dos medicamentos que o paciente usa em domicílio, comparada com as prescrições médicas feitas na admissão, transferência e alta hospitalar, buscando evitar ou minimizar erros de omissão, duplicidade terapêutica e interação medicamentosa.

Objetivo: O trabalho teve como objetivo demonstrar o processo de RM na admissão de pacientes oncológicos e em cuidadospaliativos destacando a adesão da equipe médica e os principais motivos para a não reconciliação.

Métodos: Estudo realizado durante o ano 2017, com pacientes oncológicos internados e em cuidados paliativos. Foram coletadas listas dos medicamentos de uso domiciliar com o paciente ou acompanhante através de entrevista nas primeiras 48 horas de internação. Os pacientes incapazes de se comunicar verbalmente e que estavam desacompanhados foram excluídos. Para as discrepâncias encontradas foram realizadas intervenções junto à equipe médica pessoalmente, por telefone ou via internet. As informações coletadas foram compiladas em planilhas eletrônicas.

Resultados: Foram entrevistados 1312 pacientes e encontrados 384 erros relacionados à omissão de medicamento de uso domiciliar, sendo realizadas intervenções junto à equipe médica. Destaca-se que 93% dos pacientes entrevistados foram reconciliados na admissão e 91% das intervenções propostas obtiveram adesão médica. O principal motivo de não reconciliação foi a não adesão do médico à intervenção proposta (22%), seguido de paciente/acompanhante que não soube informar medicamentos domiciliares (23%), impossibilidade do contato com o médico (18%), alta hospitalar antes do contato com o médico (19%) e óbito antes do contato farmacêutico com o médico (18%).

Conclusão: Os resultados demonstram que a RM preveniu eventos relacionados a omissão de medicamentos de uso domiciliar, sendo eficiente na redução das discrepâncias encontradas e garantindo a continuidade da terapêutica durante a hospitalização, contribuindo para a segurança dos pacientes avaliados.

Palavras-chave: Reconciliação Medicamentosa; Oncologia; Cuidado.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

8 de agosto de 2018

MUCOSITE E FÓRMULAS FARMACÊUTICAS MAGISTRAIS PARA USO EM PACIENTES EM CUIDADOS PALIATIVOS ONCOLÓGICOS: REVISÃO DE LITERATURA


SOUZA, GILBERTO BARCELOS1; PEREIRA, AGUEDA CABRAL DE SOUZA1; PAES, NAYARA FERNANDES1; MARTINS, BRUNA FIGUEIREDO1; MELO NETO, LUIZ FILGUEIRA DE1; OLIVEIRA JUNIOR, MAURICIO LAURO DE1; FERREIRO, FERNANDO SÉRGIO DA SILVA1; ANTUNES, MÁRCIA DE SOUZA1.

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.

Introdução: Mucosites são inflamações da mucosa da boca, que podem provocar ulcerações, desconforto e dor forte. A maioria dos quimioterápicos pode causar mucosite, e os que mais podem ocasionar esse efeito colateral são: capecitabina, 5-FU, doxorrubicina, docetaxel, paclitaxel. 

Objetivos: Estabelecer, através de revisão de literatura, uma lista de formulas farmacêuticas de uso magistral para o tratamento de mucosite. 

Método: Realizou-se a busca ativa em sites especializados e publicações internacionais. 

Resultados: 24 fórmulações foram encontradas para uso no tratamento da mucosite. Benzidamina; Borato de sódio, lidocaína e mel rosado; Clobetasol e nistatina; Clorexidina, lidocaína e nistatina; Difenidramina, lidocaína, misoprostol e triamcinolona; Hidrocortisona 1 mg/mL, tetraciclina 25 mg/mL e nistatina 25.000 unidades/mL colutorio; Lidocaína composta suspensão bucal; Lidocaína viscosa 2% gel; Misoprostol 0,0024% e lidocaína 1% colutorio; Nistatina 100.000 unidades/mL e lidocaína 2% colutorio; Tetraciclina 2,5%, dexametasona 0,1%, clorfeniramina 0,2% e sucralfato 2% colutorio; Tetraciclina 1,25%, difenidramina 0,125% e nistatina 20.000 unidades/mL enxaguatório bucal; Triamcinolona 0,1% gel adesivo oral; Triamcinolona 0,5% e lidocaína 1% gel adesivo oral; Nistatina suspensão oral, bicarbonato de sódio, complexo B solução oral e soro fisiológico; Lidocaína 200 mg/mL, nistatina suspensão, neomicina solução 25 mg/mL, metilcelulose 1%. Mepivacaína 1%, Hidrocortisona, Gentamicina, nistatina, bicarbonato de sódio; Clorexidina, lidocaína, nistatina e água; Difenidramina 2,5 mg/mL, nistatina, bicarbonato de sódio e água; Sucralfato 20 g, nistatina 2 milhões de unidades e metilcelulose 1%; Lidocaína 2% e difenidramina 2,5 mg/mL; Lidocaína 5% e carbomelose 2%; Difenidramina, misoprostol, glicerol, lidocaína, metilose, menta e água; Difenidramina 0,25 g, lidocaína 2 g, h hidróxido de alumínio e água; Clorexidina 0,12%, lidocaína 1%, nistatina 100.000 unidades e água; Lidocaína, nistatina, sorbitol 70% e água. 

Conclusão: Diversas soluções para bochechos e medicamentos de ação tópica são úteis no controle da dor e da inflamação, atuando como coadjuvantes no tratamento. A ausência de um modelo ideal de tratamento para a mucosite reforça a necessidade da multidisciplinaridade, sendo fundamental a participação do farmacêutico clínico na orientação e no estudo para desenvolver uma formulação adequada para cada paciente.

Referência: (1) Estabilidade e Compatibilidade de Fármacos. Stabilis. Disponível em: http://www.stabilis.org. Acesso em 27 de setembro de 2017. (2) Trissel LA. Trissel’s Stability of Compounded Formulations. First Edition, Washington, DC: American Pharmaceutical Association, Washington, DC, 1996; Second Edition, 2000; Third Edition, 2005. (3) Clavijo MJL, Comes VB. Formulario Básico de Medicamentos Magistrales, 2ª Edición. España, 2007. (4) Souza GB. Formulário Farmacêutico Magistral, 2ª ed. São Paulo. Medfarma. 2017. (5) Nystatin 100.000 units/5 mL and sucralfate 1 g/5 mL oral suspension. Disponível em: http://www.ijpc.com. Acesso em: 28 de outubro de 2017. (6.) Rodriguez JLD. Cuidados paliativos y formulación magistral. Manual del paliativista. Fundación Cudeca. Madri. Spaña. 2012. (7) Nahata MC, Hipple TF. Pediatric Drug Formulations, Third Edition, Harvey Whitney Books Company, Cincinnati, OH, 1997. (8) Le soins de bouche. Service de Pharmacie. Centre Hospitalier Universitaire Vaudois. Disponível em: http://www.chuv.ch. Acesso em: 13 de junho de 2017. (9) Formulaire Therapeutic Magistral. Disponível em: http://www.fagg-afmps.be. Acesso em 13 de setembro de 2017. (10) Lidocaine 2% Diphenhydramine 0,5% Dexamethasone Sodium Phosphate 0,05% Solution. Disponível em: http://www.compoundingmatters.com. Acesso em 28 de agosto de 2017. (11) Lidocaína 5% Viscosa. Servicio de Farmacia. Institut Catala d’Oncologia-Duran y Reynalds. Barcelona. 2013.

Poster in: PCare 2018 - 3º Congresso Brasileiro de Farmacêuticos Clínicos - 10 e 11 de Maio de 2018 - Instituto Racine - São Paulo - SP


18 de julho de 2018

Perfil dos Pacientes em Terapia Antineoplásica Oral de um Centro Oncológico

Juliene Lima Mesquita1; Dayse de Souza Chaves Maia2; Maria Rosimeire Vieira Florêncio3; Andreza Ferreira Macêdo4; Romélia Pinheiro Gonçalves Leme1; Marta Maria de França Fonteles1; Maria Liliane Luciano Pereira5; Jardenis Gomes Alves2

1 Universidade Federal do Ceará (UFC). Fortaleza (CE), Brasil.
2 Núcleo de Oncologia e Hematologia do Ceará (NOHC). Fortaleza (CE), Brasil.
3 Centro Regional Integrado Em Oncologia (Crio). Fortaleza (CE), Brasil.
4 Hospital Regional da Unimed (Unimed Fortaleza). Fortaleza (CE), Brasil.
5 Faculdade Metropolitana da Grande Fortaleza (Fametro). Fortaleza (CE), Brasil.

Endereço para correspondência: Juliene Lima Mesquita. Rua Monsenhor Bruno, 2428, Ap. 1602, Joaquim Távora. Fortaleza (CE), Brasil. CEP 60115-046. E-mail: julmesq@gmail.com.

Introdução: O tratamento do câncer depende das características individuais do paciente e são várias as formas de tratamento, como cirurgia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia de forma individual ou associadas. Aquimioterapia consiste no uso de drogas antineoplásicas com finalidade de inibir a proliferação celular das células cancerosas e impedir que se espalhem pelo organismo. A administração pode ser de forma oral, subcutânea, intramuscular,tópica, intra-arterial, intracavitária, intraperitoneal, intratecal, intrapleural, endovenosa e intravesical. A terapia por via oral se encontra em expansão e em desenvolvimento na pesquisa destes fármacos.

Objetivo: Caracterizar o perfil dos pacientes em tratamento com drogas antineoplásicas orais.

Método: O estudo apresenta natureza quantitativa, descritiva e retrospectiva dos medicamentos antineoplásicos orais dispensados na farmácia, exceto hormonioterápicos, em um Centro de Oncologia, no período de janeiro a dezembro de 2016. Os dados foram coletados, por meio de um formulário estruturado, no prontuário dos pacientes. A pesquisa contou com a aprovação do Comitê de Ética de Pesquisa amparada nos critérios da resolução 466/2012 do Conselho Nacional de Saúde (CNS).

Resultados: O estudo somou um total de 150 pacientes, dentre estes, a maioria são mulheres com 68% (n=102) enquanto os homens com 32% (n=48). Em relação à idade dos pacientes, a variação da idade entre 23 e 91, com média do grupo 60,04 anos. Estes resultados corroboram os estudos realizados por outros autores com pacientes oncológicos, que evidenciam maioria da população feminina e na faixa etária maior de 60 anos. O diagnóstico predominante foi o câncer de mama com 35,3% (n=53) seguido de Leucemia Mieloide Crônica 21,3% (n=32), de acordo com as estimativas do Instituto Nacional do Câncer, o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil. O principal antineoplásico oral foi a Capecitabina 32,7% (n=49) seguido da Hidroxiureia 20,7% (n=31).

Conclusão: O estudo sobre os medicamentos permite um maior conhecimento sobre o farmacoterapia do paciente e partir disso, o farmacêutico determinar estratégias junto à equipe multidisciplinar em oncologia, para terapia antineoplásica adequada, efetiva e segura atravésde atividades da farmácia clínica.

Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.

8 de maio de 2018

Epirrubicina: extravasamento e riscos ocupacionais


Protocolo de tratamento: limpar a área com álcool. Aplicar suavemente e sem muita pressão compressa FRIA por 30 min a cada 4 h durante as primeiras 24 h. Aplicar DMSO 90-99% tópico, 4 gotas/10 cm2 cada 8 h no dobro da área afetada durante 7-14 dias, deixar secar sem cobertura.. No intervalo de 3 h após a 1ª aplicação de DMSO, aplicar hidrocortisona 1% creme a cada 2 h nas primeiras 24 h e depois cada 3 h nos próximos 7-10 dias. Evitar aplicar pressão no local.(9,13,16,17,18,19,20,21)



Riscos extravasamento: oncológico; irritante(17), VESICANTE. (9,13,16,17,18,19,20,21)

Medicamento
pH
Osmol
Excipientes
Extravasamento
Cloridrato de Epirrubicina
3
240-340
Lactose
Vesicante

Riscos ocupacionais: Tempo residual no corpo do paciente: 6 dias; 7 dias (urina), 5 dias (fezes).  Tempo recomendado após quimioterapia para uso dos EPI: 3 dias para urina. É considerado tóxico pela 2012 OSHA HD List, 2016 NIOSH HD List, BCCA HD List.Este produto não contém nenhum carcinogênico ou possível carcinogênico, segundo os registros da OSHA, IARC ou NTP. Gravidez FDA categoria D. Após descontaminação, colocar todos os materiais num recipiente adequado, selar, rotular: Resíduos de Medicamentos Perigosos.(10,11,12,23,24)

EPI
Limpeza
Incineração
Cancerígeno
Observações
Usar na administração dos medicamentos
Hipoclorito 2% Água estéril
Detergente
Álcool 70%
Temperatura de decomposição
acima de 185ºC
Cancerígeno para seres humanos
Evitar o contato com a pele, roupas e olhos
Limpeza: descontaminar com hipoclorito 2% + remoção do resíduo com água estéril + solução detergente antibacteriana em compressa estéril + desinfecção da área com álcool 70%.

21 de março de 2018

Vorinostat: uso off-label na manipulação magistral

Vorinostat 100 mg Cápsula (20)Veículo Suspensor Oral q.s.p....40 mL. Este produto deve ser preparado em sala classificada, seguindo protocolos para reconstituição de soluções de drogas citostáticas. Em recipiente adequado pulverizar as cápsulas. Adicionar 20 mL de veículo e misturar. Adicionar o veículo em porções, misturando cada adição. Estabilidade de 14 dias em temperatura ambiente. Fórmula do veículo suspensor oral: goma xantana (0,05 g), sorbitol 70% (25 mL), glicerina (10 mL), sacarina (0,1 g), metilparabeno (0,1 g), ácido cítrico monohidratado (1,5 g), citrato de sódio dihidratado (2 g), sorbato de potássio (0,1 g) e água purificada q.s.p 100 mL. Referência bibliográfica: Fouladi M, Park JR, Stewart CF, Gilbertson RJ, Schaiquevich P, Sun J,Reid JM, Ames MM, Speights R, Ingle AM, Zwiebel J, Blaney SM,Adamson PC. Pediatric phase I trial and pharmacokinetic study ofvorinostat: achildren’s oncology group phase I- consortium report. J Clin Oncol 2010;28(22):3623-3629.

28 de fevereiro de 2018

Padronização de etiquetas para o manejo de medicamentos citostáticos com foco na segurança do paciente em um hospital de ensino

Gilberto Barcelos Souza1 , Luiz Filgueira de Melo Neto2, Fernando Sergio Silva Ferreiro1, Márcia de Souza Antunes1, Fabio Moore Nucci1, Mariana Souza Rocha1 , Águeda Cabral de Souza Pereira1 , Luiz Stanislau Nunes Chini1 , Amanda Castro  Domingues da Silva1, Bruna Figueiredo Martins1

1Hospital Universitário Antônio Pedro, Niterói, Rio de Janeiro, Brasil; 2Universidade Salgado de Oliveira, São Gonçalo, Rio de Janeiro, Brasil.


Introdução: Dentre as diversas estratégias para diminuir os erros de medicação no âmbito da Farmácia Hospitalar está o uso do sistema de distribuição de medicamentos em dose unitária, neste contexto, uma das atribuições do Farmacêutico é aperfeiçoar o processo de unitarização de doses.

Objetivo: Garantir a Segurança do Paciente com a padronização das embalagens secundárias dos medicamentos citostáticos, visando a diminuição de erros.

Método: Trata-se de uma pesquisa descritiva, realizada no Serviço de Farmácia de um Hospital Universitário, onde foi observada a falta de informações importantes nas etiquetas de identificação dos medicamentos citostáticos.

Resultados: Em 100 % das informações nas etiquetas observadas, todas apresentaram informações incompletas e/ou falhas técnicas sobre o medicamento, tais como: estabilidade, informações básicas escritas manualmente, tais como tempo de infusão e classificação do medicamento, segundo o seu potencial de dano tissular por extravasamento. Adicionalmente, constatou-se que os medicamentos com nomes semelhantes (adriamicina, citarabina, daunomicina, decitabina, doxorrubicina, epirrubicina, etoposido, metotrexato, teniposido, trastuzumabe, trastuzumabe emtansina, vincristina, vinblastina, vinorelbina, vindesina), não possuíam destaques na grafia, com a finalidade de evitar equívocos na preparação das etiquetas para dispensação desses medicamentos.

Conclusão: A tecnologia de informação tem a capacidade de diminuir os Erros de Medicação que podem ocorrer em qualquer etapa da cadeia de distribuição de medicamentos. Assim, de acordo com o Protocolo Nacional de Segurança do Paciente, é imprescindível que as etiquetas para dose unitária de medicamentos citostáticos apresentem as seguintes informações: nome do medicamento na denominação comum brasileira ou internacional, lote, data de validade após fracionamento, código de barras e data matrix, nome do responsável pelo fracionamento do medicamento, parâmetros físico-químicos e classificação do medicamento de acordo com a toxicidade tissular (vesicante, irritante ou neutra).


Poster in: V Congresso Internacional de Oncologia D’Or. 24 a 25 de Novembro de 2017. Rio de Janeiro. RJ