27 de novembro de 2016

ESTABILIDADE DE ANTICORPOS MONOCLONAIS (AMC) INJETÁVEIS UTILIZADOS EM SERINGA E BOLSAS DE PVC, PBD, POLIOLEFINA, POLIPROPILENO: REVISÃO DE LITERATURA.


GILBERTO BARCELOS SOUZA (1); NAYARA FERNANDES PAES (2); RACHEL NUNES ORNELLAS (2); TARCILA SOARES OLIVEIRA DE SOUZA ALBÉRICO (2); AMANDA CASTRO DOMINGUES DA SILVA (3); FÁBIO MOORE NUCCI (4); CLÁUDIA MÁRCIA CABRAL FEIJÓ OLIVEIRA (5); SUELLEM THOMÉ VARGAS POSSAS (2)

(1)      Farmacêutico - Serviço de Farmácia - Hospital Universitário Antônio Pedro – Universidade Federal Fluminense - Niterói – RJ. (2)      Farmacêutica Residente - Serviço de Farmácia - Hospital Universitário Antônio Pedro – Universidade Federal Fluminense - Niterói – RJ. (3)      Acadêmica de Farmácia – Faculdade de Farmácia - Universidade Federal Fluminense – Niterói – RJ. (4)      Médico – Hematologista - Serviço de Hematologia - Hospital Universitário Antônio Pedro – Universidade Federal Fluminense - Niterói – RJ. (5)      Enfermeira – Serviço de Hematologia - Hospital Universitário Antônio Pedro - Universidade Federal Fluminense - Niterói – RJ.

Introdução: A integridade da embalagem e o controle adequado das condições ambientais durante o armazenamento e uso são essenciais para a qualidade de um medicamento na clínica de um hospital. Na realidade, os profissionais da saúde podem se sentir inseguros sobre o prazo de utilização de alguns medicamentos e sua estabilidade em seringa e/ou bolsas de PVC, poliolefina, PBD e polipropileno. Objetivo: Este trabalho objetivou estabelecer, através de revisão de literatura, um protocolo de padronização de procedimentos para a respectiva estocagem e estabilidade em seringa e outros tipos de embalagens, apontando os benefícios das padronizações dessas medidas e elaborar uma tabela de estabilidade.Metodologia: Realizou-se a busca ativa de março a maio de 2016 e consultas em publicações internacionais, BC Cancer Agency (Canadá), MICROMEDEX e PUBMED, agências regulatórias internacionais e sites especializados. Resultados: Foi elaborada uma lista com a estabilidade de 15 (quinze) anticorpos monoclonais em temperatura ambiente ou sob refrigeração. Em seringa de policarbonato: bevacizumabe (180 dias sob refrigeração). Em seringa de polipropileno: bevacizumabe (90 dias sob refrigeração ou temperatura ambiente); cetuximabe (8 horas em temperatura ambiente e 12 h sob refrigeração); rituximabe (28 dias sob refrigeração). Estabilidade em bolsas: ado-traztuzumabe (24 h sob refrigeração em PVC e poliolefina), alemtuzumabe (14 dias sob refrigeração e temperatura ambiente em polipropileno), bevacizumabe ( 90 dias sob refrigeração e temperatura ambiente em polipropileno e poliolefina), blinatumomabe ( 8 dias sob refrigeração em bolsa EVA e poliolefina), brentuximabe (24 h sob refrigeração em PVC), catumaxomabe (2 dias sob refrigeração em polipropileno), cetuximabe (2 dias na temperatura ambiente em PVC, EVA, PBD), obinutuzumabe (24 h sob refrigeração em PVC e poliolefina), ofatumumabe (24 h sob refrigeração em poliolefina), panitumumabe (14 dias sob refrigeração em PVC), pembrolizumabe (24 h sob refrigeração em PVC), pertuzumabe (24 h sob refrigeração e 4 h em temperatura ambiente em PVC e poliolefina), ramucirumabe (24 h sob refrigeração e 4 h em temperatura ambiente em PVC e poliolefina), rituximabe (180 dias sob refrigeração em poliolefina e polipropileno), traztuzumabe (180 dias sob refrigeração em poliolefina, polipropileno). Conclusão: Visando a redução de custos hospitalares na administração de medicamentos, existe a necessidade da implantação de um protocolo que seja definido pelas entidades profissionais ou grupos de trabalhos da SOBRAFO para a definição do tempo útil após a estocagem em seringa e outros tipos de embalagens e definir iniciativas de consenso para a unificação de critérios. Palavras chave: Manipulação, anticorpos monoclonais, custos hospitalares.

Anais do V Congresso de Farmácia Hospitalar em Oncologia do INCA.  27 a 29 de outubro de 2016. Rio de Janeiro -RJ