Douglas Abramoski Ribeiro1; Isabelle Watanabe Daniel1; Kelly Karoline dos Santos1; Karina da Silva Aguiar1; Jamile Machado dos Santos1; Monica Cristina Cambrussi1; Solane Picolotto1; Marcela Bechara Carneiro1
1 Hospital Erasto Gaertner. Curitiba (PR), Brasil.
Endereço para correspondência: Douglas Abramoski Ribeiro. Rua Dr. Ovande do Amaral, 201. Curitiba (PR), Brasil. CEP 81520-060. E-mail: douglas_aribeiro@hotmail.com.
Introdução: Os erros de medicamentos acarretam morbi-mortalidade e podem ser evitáveis, tornando-se relevante identificar a natureza dos erros para ações de prevenção, em especial para medicamentos de baixo índice terapêutico como os antineoplásicos.
Objetivo: Identificar os possíveis problemas relacionados a medicamentos (PRM), encontrados durante o processo de análise de prescrição pelos farmacêuticos da Central de Misturas Intravenosas (CMIV).
Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo realizado de julho a agosto de 2016 em um hospital oncológico do Brasil e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local. Todas as prescrições médicas eletrônicas contendo antineoplásicos e fármacos adjuvantes recebidas na Central de Misturas Intravenosas foram avaliadas e validadas pelos farmacêuticos do setor. Os PRMs detectados foram discutidos com o prescritor e posteriormente registrados. As variáveis analisadas foram: tipo de atendimento (ambulatorial ou internamento), medicamento envolvido, problema relacionado ao medicamento, intervenção farmacêutica (IF), aceitabilidade.
Resultados: Foram avaliadas 6104 prescrições, que corresponderam a 12128 medicamentos a serem preparados. Identificaram-se PRM em 274 prescrições (4,5%) envolvendo 324 medicamentos (2,7%), sendo os principais PRM: informação necessária faltando na prescrição (ex. diluente, tempo de infusão) (n=117; 36,1%), subdose (n=35; 10,8%), problema farmacocinético requerendo ajuste de dose (n=34; 10,5%) e sobredose (n=29; 9,0%). No total, 44 medicamentos diferentes apresentaram algum PRM, sendo os principais: ácido zoledrônico (n=47, 14,5%), trastuzumabe (n=43, 13,3%) e carboplatina (n=34, 10,5%). Foram identificados 98 PRMs envolvendo a dose prescrita, representando 32,1% no total. Em 50% dos casos a dose estava acima do recomendado. Em 71 casos (72,4%) a dose prescrita desviou em mais de 10% da dose correta e em 13 casos (13,3%) essa variação foi maior do que 50%. A aceitabilidade da IF pela equipe médica foi de 98%, sendo as mais realizadas: inclusão de informações faltantes (n=117; 36,1%), alteração de dose (n=97; 29,9%) e cancelamento da prescrição (n=43, 13,3%). Conclusão: As IF realizadas a partir da análise de prescrições são capazes de identificar PRM e prevenir eventos adversos, fortalecendo e amplificando o papel do farmacêutico na equipe assistencial e na segurança do paciente.
Palavras-chave: Assistência Farmacêutica; Erros de Medicação; Institutos do Câncer.
Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.
1 Hospital Erasto Gaertner. Curitiba (PR), Brasil.
Endereço para correspondência: Douglas Abramoski Ribeiro. Rua Dr. Ovande do Amaral, 201. Curitiba (PR), Brasil. CEP 81520-060. E-mail: douglas_aribeiro@hotmail.com.
Introdução: Os erros de medicamentos acarretam morbi-mortalidade e podem ser evitáveis, tornando-se relevante identificar a natureza dos erros para ações de prevenção, em especial para medicamentos de baixo índice terapêutico como os antineoplásicos.
Objetivo: Identificar os possíveis problemas relacionados a medicamentos (PRM), encontrados durante o processo de análise de prescrição pelos farmacêuticos da Central de Misturas Intravenosas (CMIV).
Método:
Trata-se de um estudo retrospectivo realizado de julho a agosto de 2016 em um hospital oncológico do Brasil e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa local. Todas as prescrições médicas eletrônicas contendo antineoplásicos e fármacos adjuvantes recebidas na Central de Misturas Intravenosas foram avaliadas e validadas pelos farmacêuticos do setor. Os PRMs detectados foram discutidos com o prescritor e posteriormente registrados. As variáveis analisadas foram: tipo de atendimento (ambulatorial ou internamento), medicamento envolvido, problema relacionado ao medicamento, intervenção farmacêutica (IF), aceitabilidade.
Resultados: Foram avaliadas 6104 prescrições, que corresponderam a 12128 medicamentos a serem preparados. Identificaram-se PRM em 274 prescrições (4,5%) envolvendo 324 medicamentos (2,7%), sendo os principais PRM: informação necessária faltando na prescrição (ex. diluente, tempo de infusão) (n=117; 36,1%), subdose (n=35; 10,8%), problema farmacocinético requerendo ajuste de dose (n=34; 10,5%) e sobredose (n=29; 9,0%). No total, 44 medicamentos diferentes apresentaram algum PRM, sendo os principais: ácido zoledrônico (n=47, 14,5%), trastuzumabe (n=43, 13,3%) e carboplatina (n=34, 10,5%). Foram identificados 98 PRMs envolvendo a dose prescrita, representando 32,1% no total. Em 50% dos casos a dose estava acima do recomendado. Em 71 casos (72,4%) a dose prescrita desviou em mais de 10% da dose correta e em 13 casos (13,3%) essa variação foi maior do que 50%. A aceitabilidade da IF pela equipe médica foi de 98%, sendo as mais realizadas: inclusão de informações faltantes (n=117; 36,1%), alteração de dose (n=97; 29,9%) e cancelamento da prescrição (n=43, 13,3%). Conclusão: As IF realizadas a partir da análise de prescrições são capazes de identificar PRM e prevenir eventos adversos, fortalecendo e amplificando o papel do farmacêutico na equipe assistencial e na segurança do paciente.
Palavras-chave: Assistência Farmacêutica; Erros de Medicação; Institutos do Câncer.
Poster in: IX CONGRESSO BRASILEIRO DE FARMACÊUTICOS EM ONCOLOGIA. 2018.